quarta-feira, 2 de setembro de 2009

APP defende introdução do Acordo Ortográfico em 2010

Em simultâneo com o novo programa da Língua Portuguesa do Ensino Básico

Professores de Português querem introdução de Acordo Ortográfico em 2010

02.09.2009 - 10h40 Lusa

Os professores de Português defendem que o Acordo Ortográfico deve ser introduzido nas escolas juntamente com o novo programa da disciplina, previsto para Setembro de 2010, de forma a evitar que o ensino da língua pareça “uma estrada esburacada”.

Para Paulo Feytor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português (APP), o Acordo Ortográfico deveria entrar em vigor no início do ano lectivo 2010/2011, altura em que será introduzido o novo programa da Língua Portuguesa do Ensino Básico. “O ideal é que entre em vigor tudo ao mesmo tempo, que não façamos como algumas obras portuguesas em que a estrada é alcatroada hoje, dentro de uma semana vêm esburacá-la para pôr os canos da água, passado quatro semanas vêm abri-la de novo para fazer o serviço da electricidade. Nós, no ensino de Português, gostaríamos de não estar sempre a esburacar a estrada”, considerou.

Paulo Feytor Pinto destacou que nunca existiram compromissos concretos do Ministério da Educação com datas e pediu que se tomem decisões sobre a data de entrada em vigor do Acordo “de uma forma clara, concreta e definitiva”. “Até a declaração aprovada pela Assembleia da República de que o Acordo Ortográfico entraria em vigor até ao Verão de 2014 é muito vaga”, exemplificou.

O Acordo Ortográfico deverá começar ao mesmo tempo em todos os anos lectivos, de forma que os alunos já alfabetizados terão de reaprender a ortografia, segundo o novo acordo. “Parece-nos um bocado estranho que alunos que agora começam a estudar Português comecem com a grafia antiga, que sabemos que não vai estar em vigor daqui a uns anos. Os alunos do primeiro e segundo anos de escolaridade deveriam começar já a aprender a escrever segundo o novo acordo”, defendeu, no entanto.

Quanto à preparação dos professores para o “novo Português”, considerou que as alterações não são um “bicho-de-sete-cabeças”. “Contrariamente ao muito que se diz por aí, as alterações que vão ser introduzidas são muito poucas e julgo que basta uma meia hora para os professores aprenderem as novas regras. E depois é aplicá-las”, considerou.

Paulo Feytor Pinto defendeu ainda a existência de um “período de transição, em que as duas grafias serão aceites”, argumentando que “as pessoas que já estão alfabetizadas demorarão uma vida a aprender a escrever da nova forma”, tal como os nossos avós alfabetizados antes de 1911. “Eu, nas aulas, como professor de português, vou escrever na nova ortografia porque sou obrigado, mas se calhar em casa nos meus escritos pessoais vou escrever à maneira antiga”, explicou.

Fonte: PÚBLICO

sábado, 29 de agosto de 2009

Dicionário de lugares-comuns e frases feitas

O jornalista Humberto Werneck, biógrafo de Jayme Ovalle, acabou de publicar o livro O Pai dos Burros – dicionário de lugares-comuns e frases feitas. Desde 1972 Werneck colecionava clichês, reunidos agora nesse livro, que conta com 4 500 expressões espalhadas por 2 mil verbetes. Segundo o autor, seu objetivo não é de policiar semanticamente os escritores, mas apenas incentivar a reformulação da linguagem. Ele contou ao site do Estado de S. Paulo que anotava expressões banais, frases repetidas à exaustão e palavras com prazo de validade vencido. Percebeu então que elas podiam ser divertidas. O livro foi lançado ontem em São Paulo, pela editora Arquipélago. Já se encontra a venda no site da livraria Cultura.

Fonte: Autores e Livros

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

História e estória

Uma palermice?

«Ao burro associam-se muitas estórias e, não raras vezes, qualidades pouco abonatórias» («Com o burro por companhia», Patrícia Carvalho, Público/P2, 25.07.2009, p. 8). José Neves Henriques, que lembrou que no português medieval se escrevia historia, estoria, istoria, não teve pruridos em escrever: «É uma palermice, porque, até agora, nunca confundimos os vários significados de história.» Este estudioso da língua recorreu a uma comparação para se perceber melhor a sua argumentação: «Seria ridículo começarmos, por exemplo, a empregar homem para indicar o ser humano em geral, isto é, a espécie humana, a humanidade; e omem, para designar qualquer ser humano do sexo masculino, como por exemplo em “aquele omem que está ali”, “o omem (= marido) da Joana”, “sanitários para omens”, etc.» Isto porque no português medieval, quando a ortografia ainda não estava fixada, se escrevia indiferentemente homem, omé, omee (com til no primeiro e).

Fonte: Assim Mesmo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Chico-esperto/ chicos-espertos

«É a autodefesa do autoplágio: a partir dos 40 anos, a memória já não era (que nós nos lembremos) o que era e, para que nenhum chico-esperto apareça a fazer nhá-nhá-nhá, tapamos o rabo com um simples “Já não é a primeira vez que digo que…”» («Como eu já disse (I)», Miguel Esteves Cardoso, Público, 17.03.2009, p. 47). «“Estes tipos são o português vernáculo que a gente encontra e, curiosamente, não é só nas camadas mais populares. Há chico-espertos em todas as classes”, comentava José Pedro Gomes, poucas horas antes de entrar em cena» («Toni e Zezé despedem-se da treta... até um dia destes», Maria João Caetano, Diário de Notícias, 22.07.2009, p. 45). Um consultor do Ciberdúvidas, Luís Filipe Cunha, diz que «de acordo com o Dicionário da Academia das Ciências, ed. Verbo, o único de entre os dicionários consultados onde a expressão aparece, a grafia correcta é chico esperto, sem hífen». Lancemos mão da analogia. Maria-rapaz, por exemplo, em que, em vez de um nome e um adjectivo, temos dois nomes. Leva hífen. Não descortino nenhuma razão (e espero que o consultor não entenda a referência ao dicionário da Academia das Ciências como um argumento de autoridade) para não se escrever chico-esperto. Já quanto à forma do plural, concordo com o referido consultor: «Tratando-se de uma estrutura formada por um nome e por um adjectivo, ambas as formas pluralizam, já que devem concordar em género e número», dando origem a chicos-espertos.

Fonte: Assim Mesmo

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Deve a escola permitir o uso da linguagem abreviada utilizada nos telemóveis?

Linguagem abreviada dos telemóveis chega à escola

Tendência. Jovens levam a sua escrita rápida das mensagens para os trabalhos da escola e há professores receosos de que isso os confunda na aprendizagem correcta do Português. As escritoras Lídia Jorge e Isabel Alçada defendem que escola e professores não podem transigir no rigor da língua

Há jovens que usam escrita de 'msn' nos testes

Nas mensagens que a toda a hora trocam entre si por telemóvel, ou na comunicação instantânea do messenger, os adolescentes não têm tempo a perder. As palavras transformam-se, por isso, em abreviaturas povoadas de "k" e "x" e há sinais que ganham usos criativos, como os parêntesis, prontamente transformados em sorrisos, ou tristeza. A prática está de tal forma generalizada, que já chegou aos trabalhos e aos testes da escola. Os alunos admitem-no, os professores confirmam.

"Usei muito as abreviaturas, até mesmo nas fichas escolares. Por exemplo, em vez de 'porquê' colocava 'pk' e tirava todas as vogais da palavra 'contigo'", contou à Lusa Carolina Lourenço, de 13 anos, que frequenta a Escola Básica 2,3 Pedro Nunes, em Alcácer do Sal. Os professores não deixaram passar em claro. "Toma atenção, não estás ao computador", disseram-lhe. A mãe também a alertou para "ter mais cuidado com a Língua Portuguesa".

Rosário Antunes, professora de Português no Estabelecimento de Vilamar, no Funchal, que já ensinou em escolas de Castelo de Paiva, Lousã, Portalegre e Porto Santo, disse à Lusa que encontrou esse cenário em todas as escolas por onde passou e, "abrangendo alunos dos 10 ao 17 anos", viu exemplos dessa nova escrita "até nos testes".

Esta professora diz-se preocupada porque, por um lado, os jovens estão a "esquecer-se da pontuação, e a abandonar as cedilhas e os acentos". Por outro, garante, "há colegas de outras disciplinas que não estão para se maçar a corrigir o Português".

Para a escritora Lídia Jorge, este fenómeno não é novo. "Quando dei aulas, os alunos também usavam abreviaturas, que vinham da estenografia. Hoje, o fenómeno é mais generalizado, porque os instrumentos que o facilitam estão disseminados", afirmou ao DN a autora de 'O Vento Assobiando nas Gruas'.

Olhando para esta realidade como uma "linguagem de grupo" e "um fenómeno epocal" ou "de geração", Lídia Jorge considera que ele deve ser assim encarado e acredita que "a síntese de linguagem desta geração" se manterá como tal, se a escola desempenhar o seu papel de garante do rigor da língua" e os professores não consentirem no uso dessa escrita abreviada e sem regras gramaticais e de sintaxe no contexto da aprendizagem. "Faz parte do papel da escola conter a deriva que leva à degradação da língua, e penso que os professores estão conscientes disso", diz a escritora ao DN.

Quanto aos jovens e às famílias, é importante que compreendam que "é a articulação correcta da língua que sustenta o pensamento correcto". Se houver laxismo no uso da linguagem, "não é possível atingir a excelência", alerta a escritora.

A coordenadora do Plano Nacional da Leitura, e também escritora, Isabel Alçada partilha a opinião. "Se no ambiente familiar e na escola for claramente definida a fronteira entre a linguagem abreviada do telemóvel e a escrita necessariamente rigorosa do contexto escolar, os jovens aprendem a distinção e passam a usar as duas linguagens nas situações adequadas", defende. "Se houver o cuidado da correcção, por parte da família e professores, os jovens depressa absorvem o rigor da língua", diz ao DN Isabel Alçada.

Filomena Naves, com Lusa

Diário de Notícias [03.08.2008]

terça-feira, 14 de julho de 2009

Verbo «convir»

Isto diz-lhe respeito, Raul

No programa de informação Este Sábado, na Antena 1, com Rosário Lira, o jornalista Raul Vaz, a propósito dos novos eurodeputados portugueses, disse: «Alguns prometem voltar cedo se o resultado das eleições for aquele que mais convir.» O verbo convir (e os verbos avir, convir, desavir, entrevir, intervir, provir, sobrevir…) conjuga-se como o verbo vir. Logo, o futuro imperfeito do conjuntivo é convier (convier, convieres, convier, conviermos, convierdes, convierem). Se todos temos de ter cuidado com a forma como escrevemos e falamos, muito mais cuidado terá de ter um jornalista. Espero que a dúvida não tenha que ver com o modo. O modo conjuntivo indica a eventualidade e a possibilidade, o que se adequa ao desconhecimento que se tem do futuro. Neste caso, o resultado das eleições. O erro talvez advenha do facto de o futuro imperfeito do conjuntivo e o infinitivo impessoal dos verbos irregulares, e este é-o, terem formas diferentes, ao contrário do que sucede com os verbos regulares, que têm formas idênticas naqueles tempos.

Fonte: Assim Mesmo

sábado, 4 de julho de 2009

«Vontade de»

Ganas

Tal como o jornalista Licínio Lima errou na regência verbal («coibir de»), também a jornalista Patrícia Jesus erra na regência nominal destacada: «Os sindicatos dos professores estão satisfeitos com a vontade demonstrada por Manuela Ferreira Leite para mudar os estatutos do Aluno e da Carreira Docente, o sistema de avaliação e aliviar a carga burocrática dos professores» («Promessa sobre nova avaliação agrada a professores», Patrícia Jesus, Diário de Notícias, 3.07.2009, p. 17). A regência daquele substantivo faz-se com a preposição de: vontade de (como intenção de).

Fonte: Assim Mesmo

domingo, 21 de junho de 2009

Pronome relativo «quem»

Quem disse?

«O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, segundo quem podem ser dispensados da prova os professores que tiverem classificação de Bom ou mais na avaliação» («Professores com Bom não fazem prova de ingresso», C. S., Correio da Manhã, 13.06.2009, p. 23). Só queria que reparassem no uso relativamente invulgar do pronome relativo quem neste tipo de construção. É muito mais comum encontrarmos a construção «segundo o(a) qual». Contudo, neste caso, por se referir a uma pessoa, foi correctamente usado. Esta é mesmo a única possibilidade de usar este pronome relativo sem estar antecedido de preposição (e algumas gramáticas editadas no Brasil afirmam, incorrectamente, que este pronome só pode aparecer preposicionado), funcionando como sujeito da oração. Quem é o acusativo latino (quĕm) dos pronomes relativo, interrogativo e relativo indefinido qui, quis, tendo passado a desempenhar funções na língua portuguesa tanto de complemento como de sujeito de oração. Em espanhol, quien desempenha as mesmas funções sintácticas, mas, ao contrário do português, varia em número: ¿Quiénes son los mejores músicos del país? Em catalão, o pronome relativo referente a pessoas é qui, do latim quī: L’home de qui parlàvem.

Fonte: Assim Mesmo

terça-feira, 2 de junho de 2009

O que é «uma eminência parda»?

Eminência parda é alguém, um conselheiro, por exemplo, que está próximo de uma alta personalidade e que ocultamente toma todas as decisões. É a tradução do francês éminence grise, que era o nome que se dava ao padre Joseph de Tremblay (1577–1638), conselheiro do cardeal de Richelieu (1585–1642). Parda porque manobrava na sombra e porque vestia o hábito, negro, de capuchinho, a cuja ordem pertencia.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Provas de Aferição de Língua Portuguesa 2009 - 1.º e 2.º Ciclos

As Provas de Aferição respeitantes aos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, realizadas no passado dia 18 de Maio, estão já disponíveis on-line, no sítio do GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional), assim como os Critérios de Classificação.

● Prova de Aferição do 1.º Ciclo – 2009

● Prova de Aferição do 2.º Ciclo – 2009

● Prova de Aferição do 1.º Ciclo - 2009 - Critérios de Classificação

● Prova de Aferição do 2.º Ciclo - 2009 - Critérios de Classificação

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Reunir (alguma coisa)/ Reunir-se (com alguém)

É comum o erro da utilização do verbo utilizar, como se se tratasse de um verbo intransitivo. Ora o referido verbo é transitivo, exigindo, por conseguinte, complemento directo, sem o qual o sentido da frase não está completo, ou então é de conjugação pronominal reflexa. Nestes dois casos assinalados, o verbo deveria ter sido seguido do pronome reflexo se: “Os grupos reúnem-se um dia…”; “O grupo reúne-se no Palácio do Beau Séjour…”

Ver também

um meu post anterior

Blogue Assim Mesmo

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ministro da Cultura sugere a edição de um Vocabulário de Língua Portuguesa

Academia de Ciências de Lisboa poderá ser afastada

Ministro da Cultura quer brevidade na conclusão do Vocabulário da Língua Portuguesa

O ministro da Cultura sublinhou hoje a necessidade da edição de um Vocabulário de Língua Portuguesa e equacionou a possibilidade de este ser feito por uma outra entidade que não a Academia de Ciências de Lisboa. José António Pinto Ribeiro falava aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração da 79.ª Feira do Livro de Lisboa.

“O que eu constato é que a Academia de Ciências tem pouca capacidade instalada para fazer isso”, disse o ministro. Pinto Ribeiro avançou a hipótese de ponderar outras vias: “fortalecer” a Academia ou “pensar nessa capacidade com outras entidades ou até criar uma nova entidade”. Realçou, no entanto, que o seu ministério não tutela a Academia.

O ministro, que pretende que o Acordo Ortográfico seja implementado antes do final do ano, adiantou que Timor-Leste deverá ratificá-lo “em breve”, segundo informações do seu homólogo de Díli.

Em termos escolares, Pinto Ribeiro prevê que as novas regras ortográficas sejam aplicadas nos manuais entre 2010 e 2011, nos 1.º, 5.º e 7.º anos. O ministro referiu as facilidades que as novas tecnologias poderão trazer para a implementação do acordo. Exemplificando, o ministro afirmou que o romance “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós “pode ser passado de português pré-acordo para português pós-acordo em 20 segundos”.

A Feira do Livro de Lisboa foi inaugurada com a presença do ministro, que felicitou o esforço da APEL e o contributo da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a sua efectivação, e contou com a presença, entre outros, do presidente da CML, António Costa, do embaixador do Brasil, Celso Vieira de Souza, e de Tânia Pacheco, representante do ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira.

Fonte: PÚBLICO

Comentário:

Se o Ministro da Cultura está tão apressado, por que não adquire aquele grande e pesado volume com 976 páginas, lançado pela Academia Brasileira de Letras, no passado dia 19 de Março, a quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, com as novas regras do acordo ortográfico vigentes no Brasil desde 1 de Janeiro? Não se trata da mesma língua? Ou vai haver um vocabulário ortográfico no Brasil e outro em Portugal? Um dos objectivos do Acordo Ortográfico não era a unificação da língua portuguesa?

domingo, 26 de abril de 2009

CUIDADO COM A LÍNGUA! [23.03.2009]

Neste programa da RTP dedicado à língua portuguesa são feitas referências às palavras parturiente, parir, alcançar, puérpera, puerpério, pueril, puericultura, cesariana, bebé, órgão, ófão, biberão e fralda. É também explicado o provérbio “De pequenino se torce o pepino”.

CUIDADO COM A LÍNGUA! [16.03.2009]

Neste programa da RTP dedicado à língua portuguesa são feitas referências às palavras rádio, ondas hertzianas, epónimo, ampere, watt, estúdio, África, berimbau, candonga, musseque, quindim, quitanda, soba e vatapá.

CUIDADO COM A LÍNGUA! [09.03.2009]

Neste programa da RTP dedicado à língua portuguesa é explicada a origem das palavras carona/ boleia, ignição, Dona-Elvira, carripana/calhambeque, ignição, pneu, cabriolet, climatológico/ climático, via, faixa, carro e alqueire e o significado das expressões ir na boleia e ir de boleia, conduzir à Fangio, armado em Fittipaldi e carradas de razão.