As Provas de Aferição respeitantes aos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, realizadas no passado dia 18 de Maio, estão já disponíveis on-line, no sítio do GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional), assim como os Critérios de Classificação.
É comum o erro da utilização do verbo utilizar, como se se tratasse de um verbo intransitivo. Ora o referido verbo é transitivo, exigindo, por conseguinte, complemento directo, sem o qual o sentido da frase não está completo, ou então é de conjugação pronominal reflexa. Nestes dois casos assinalados, o verbo deveria ter sido seguido do pronome reflexo se: “Os grupos reúnem-se um dia…”; “O grupo reúne-se no Palácio do Beau Séjour…”
Academia de Ciências de Lisboa poderá ser afastada
Ministro da Cultura quer brevidade na conclusão do Vocabulário da Língua Portuguesa
O ministro da Cultura sublinhou hoje a necessidade da edição de um Vocabulário de Língua Portuguesa e equacionou a possibilidade de este ser feito por uma outra entidade que não a Academia de Ciências de Lisboa. José António Pinto Ribeiro falava aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração da 79.ª Feira do Livro de Lisboa.
“O que eu constato é que a Academia de Ciências tem pouca capacidade instalada para fazer isso”, disse o ministro. Pinto Ribeiro avançou a hipótese de ponderar outras vias: “fortalecer” a Academia ou “pensar nessa capacidade com outras entidades ou até criar uma nova entidade”. Realçou, no entanto, que o seu ministério não tutela a Academia.
O ministro, que pretende que o Acordo Ortográfico seja implementado antes do final do ano, adiantou que Timor-Leste deverá ratificá-lo “em breve”, segundo informações do seu homólogo de Díli.
Em termos escolares, Pinto Ribeiro prevê que as novas regras ortográficas sejam aplicadas nos manuais entre 2010 e 2011, nos 1.º, 5.º e 7.º anos. O ministro referiu as facilidades que as novas tecnologias poderão trazer para a implementação do acordo. Exemplificando, o ministro afirmou que o romance “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós “pode ser passado de português pré-acordo para português pós-acordo em 20 segundos”.
A Feira do Livro de Lisboa foi inaugurada com a presença do ministro, que felicitou o esforço da APEL e o contributo da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a sua efectivação, e contou com a presença, entre outros, do presidente da CML, António Costa, do embaixador do Brasil, Celso Vieira de Souza, e de Tânia Pacheco, representante do ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira.
Se o Ministro da Cultura está tão apressado, por que não adquire aquele grande e pesado volume com 976 páginas, lançado pela Academia Brasileira de Letras, no passado dia 19 de Março, a quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, com as novas regras do acordo ortográfico vigentes no Brasil desde 1 de Janeiro? Não se trata da mesma língua? Ou vai haver um vocabulário ortográfico no Brasil e outro em Portugal? Um dos objectivos do Acordo Ortográfico não era a unificação da língua portuguesa?